domingo, 15 de maio de 2011

Heloisa


Estrelas conversam comigo. E, em meio às suas palavras de solidão, sonho com o teu corpo aconchegado ao meu. Penso que teu microcosmo expande em mim, fazendo o universo medíocre na grandiosidade do teu ser. Respiro a fumaça do cigarro que queima entre meus dedos, desejando respirar teu cheiro e ter tua pele em minhas mãos.

Travo uma guerra com o relógio, implorando por segundos de paz no teu sorriso. E me ocupo com o que me constitui para não me afogar no que é você no tempo que não te tenho por perto. E sofro sem sofrer. Porque te ter é conforto e casa; é abrigo. E já não sinto o vazio pulsando no meu peito. O que era nada, é poesia.

E me divirto ao perceber que você é mais do que expectativa maquiada que seduz meu ser. E te vejo como algo etéreo, que desperta o melhor em mim. Então, converso com as estrelas e peço para que elas me dêem paciência para agüentar a vida que ainda existe sem teus beijos e o abraço que esconde o calor do sol. 

Mas, o telefone toca, para eu ouvir tua voz. E o mundo acalma. Fecho os olhos e me transporto para o seu lado, enquanto encontro tuas palavras. Sonho sem sonhar. Revivo lembranças. E me pego sorrindo, como louca...